"A valorização da Mulher"

130 jovens participaram da palestra, organizada pelo grupo 

Criado em dezembro de 2009 e idealizado pela escritora e apresentadora Cristiane Cardoso, o grupo Godllywood tem influenciado e transformado mulheres no mundo todo.

Iniciou-se no Texas, Estados Unidos, com apenas 17 integrantes, e hoje dissemina seus valores para mulheres do mundo inteiro. 

Contrariada com os valores deturpados que a mídia e a indústria cinematográfica impõem à sociedade, Cristiane resolveu se unir a um grupo de amigas para então influenciar mulheres de todas as idades a não se sujeitarem à ditadura imposta pelos meios de comunicação, que ditam costumes, ideias e comportamentos que desvalorizam e vulgarizam o papel da mulher na sociedade.

O propósito do grupo é resgatar valores esquecidos na sociedade feminina, formando mulheres melhores em todos os aspectos.

Aquelas que desejam melhorar como esposa, mãe, filha, funcionária e na aparência são orientadas à luz da Palavra de Deus.

Além do cuidado com a vida espiritual e pessoal, o grupo também se preocupa com a questão social. Mensalmente, as integrantes do grupo, visitam asilos, orfanatos, hospitais e casas de apoio, pois desenvolveram a percepção de que dar é a melhor forma de receber. E aprenderam que ajudando o próximo estão ajudando a si mesmas.

Na última sexta-feira (5), o grupo visitou pela primeira vez o Núcleo Cristão Cidadania e Vida (NCCV), no Parque Novo Mundo, zona norte da capital paulista, onde 130 jovens aguardavam ansiosas para assistirem à palestra "A valorização da mulher".

Além de levar palavras de fé e esperança àquelas mulheres, a visita também teve como objetivo divulgar o livro "A Mulher V", de Cristiane Cardoso.

Era possível ver o entusiasmo em cada olhar. Todas queriam saber o que esse grupo de mulheres tinha de tão especial para lhes oferecer.

Os primeiros lugares no auditório rapidamente foram ocupados. As mais tímidas preferiram ficar mais distantes, mas todas, sem exceção, tinham curiosidade no olhar.

Olhos que brilhavam quando viam o lindo embrulho que chegava à mão de cada uma delas. Todas receberam de presente um exemplar do livro "A Mulher V" e chocolates. "Sabemos que toda mulher gosta de ganhar flores e chocolates, por isso trouxemos para vocês. Mas o que realmente queremos é que vocês leiam esse livro, pois ele tem mudado a vida de muitas pessoas", disse Elizabeth Marques, ao iniciar a palestra.

"Ser uma 'mulher V' não é ser certinha. É ser uma mulher que faz as escolhas certas; que se valoriza. É moderna sim, mas não feminista. Ela faz questão de ser diferente do que a mídia e a sociedade dizem ser o correto. Nos dias de hoje, as mulheres que se preservam são consideradas 'bobas' e antiquadas, mas esse livro mostra que o verdadeiro valor da mulher está em seu caráter e não no seu corpo", esclareceu a palestrante, ao apresentar o livro.

A também palestrante Danielle Carotti acrescentou que a 'mulher V' é tão valiosa que a Bíblia a compara a uma joia rara, e que todas que desejarem, e lutarem por isso, podem ser essa mulher virtuosa.

"Como ser diferente em um meio em que sofremos tantas influências ruins, presenciamos problemas com drogas, alcoolismo, violência, precariedade, família desestruturada, somando-se ainda às inseguranças e curiosidades típicas da adolescência?" Pergunta a jovem Tatiana.

Elizabeth usou sua própria história como exemplo para responder.

Contou que sua infância foi marcada por problemas familiares. O pai era alcoólatra e, devido a problemas financeiros teve a infância interrompida para que pudesse trabalhar e ajudar no sustento da casa. "Eu tinha tudo para dar errado. Para ser uma adolescente rebelde e me entregar à vida errada, mas eu tinha consciência de que minhas escolhas, no presente, iriam definir o meu futuro, que se eu me envolvesse com rapazes para 'curtir', poderia engravidar e então arrumaria mais problemas ainda. Você pode culpar a quem quiser pelos seus fracassos, mas a única responsável por sua derrota ou vitória é você mesma. Aos 17 anos, conheci o Senhor Jesus, que mudou a minha vida por completo, me libertou dos traumas e complexos, e hoje vivo feliz. Sou casada há 22 anos com um homem de Deus que me valoriza e me ama de verdade", relatou. 

Depois foi a vez de a palestrante Niedja Alves compartilhar com aquelas jovens a  sua história. Falou que não queria ter a mesma vida da mãe, que após se separar, decidiu "curtir a vida". Procurou a felicidade em vários homens, mas nos momentos difíceis, sempre estava sozinha. "Aqueles homens apenas a usavam, mas ela não enxergava", lamenta Niedja.

"Lutei para ser diferente, para encontrar a verdadeira felicidade. E após conhecer o Senhor Jesus, vi que isso era possível, e assim aconteceu. Hoje vivo feliz com meu esposo. Amo e sou amada. Nos momentos difíceis, meu esposo sempre está ao meu lado. Ele é meu companheiro."

Ao final da palestra, era possível ver a alegria no rosto de cada uma das participantes - inclusive das funcionárias do NCCV.

Agora, cada uma sabia do seu real valor. 

Deixaram o auditório carregando o livro como quem carrega algo valioso.

Certamente essa tarde ficará marcada na memória de cada uma delas.