sábado, 2 de julho de 2016

ONU diz que levar crianças a cultos viola Direitos Humanos e quer impor limites aos pais

                           

“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. Se depender de um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o conselho de Provérbios 22:6 não deveria ser seguido por pais que levam seus filhos a cultos.
O documento da ONU divulgado no Reino Unido considera que a participação de crianças em celebrações religiosas viola os Direitos Humanos.
De acordo com informações da emissora Christian Broadcasting News (CBN), o Comitê sobre Direitos da Criança da ONU passou a considerar que é motivo de “preocupação” a condução das crianças a cultos e suas participações em atos religiosos coletivos realizados em escolas, por isso fazer parte “de um caráter amplamente cristão”.
Os membros do comitê sugeriram ao governo do Reino Unido que “revogue as disposições legais para a frequência obrigatória nas celebrações coletivas [nas escolas]”.
Em outro ponto polêmico, o comitê da ONU expressou sua expectativa de que as crianças tenham oportunidade de fazer escolhas de forma independente em relação a seus pais no que tange à participação em cultos.
O documento não passou longe de críticas imediatas. O parlamentar britânico David Burrowes, defensor do pensamento conservador, disse que o relatório deveria ser jogado na lata do lixo: “O ato de celebração coletiva não é um exercício de doutrinação. Serve para reconhecer e respeitar a herança cristã do país, e dar às pessoas uma oportunidade para refletir”, pontuou.
“A ONU deveria passar mais tempo fazendo o seu principal trabalho de prevenção da guerra e do genocídio, ao invés de cutucar o nariz de outros países nas salas de aula”, acrescentou o parlamentar, contrariado.
O polêmico relatório do comitê da ONU traz outras 150 recomendações a respeito de acusações feitas contra o Reino Unido sobre supostas violações dos Direitos da Criança, incluindo uma proposta de proibição do castigo dos filhos pelos pais em casos de desobediência.