terça-feira, 15 de março de 2011

ATEU SIM, RELIGIOSO NÃO.

Shakespeare disse que o príncipe das trevas é gentil.

Tem razão. O principado das trevas jamais se apresenta como um sujeito vermelho, chifrudo, burro e ignorante. Antes, de forma aristocrática, faz os cegos absorverem seus pensamentos como a areia absorve a água do mar.

Educado, irresistível, envolvente e convincente. Assim ele tem usado as religiões, incluindo evangélicas, para estimular conformismo com as pragas infernais.

O jeito nobre do mal faz impor suas ideias de forma sutil e delicada. Os tolos admiram e aceitam como verdadeiras.

Com isso, forma-se opinião, ditam-se regras e criam-se filosofias vãs, de forma tal, que os miseráveis fiquem cada vez mais conformados.

O padre diz ser a cruz, o espírita o carma, o pastor a provação, outros o destino. Em cada um há uma palavra diferente e justificadora para acomodar a todos.

O mal trabalha forte com as religiões para manter suas vítimas resignadas com suas mazelas. Neste caso, é melhor ser ateu.

Não fosse a fé pura de alguns poucos cristãos, as hostes infernais estariam em férias permanentes.

Deus tem contado com gente avessa à religião. Gente com o mesmo espírito de Gideão e os seus 300.

Sem revolta não há milagre.

O diabo sabe disso e trabalha forte na religiosidade porque ela acomoda, inibe e engessa a fé eficaz. Jesus foi morto pelos religiosos.

As adversidades na vida são combustíveis para despertar a revolta. Sem ela não há milagre.

A fé depende da revolta para se manifestar.

Não há como vencer o mal sem atitude de revolta.

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