Um homem que tem amigos deve também ser amigável.
Prov. 18:24 (Nova Versão King James, em inglês).
Vários anos atrás, quando eu atuava como ancião
numa comissão de igreja, nosso pastor trouxe para uma reunião a carta que
acabara de receber de um novo membro.
O remetente dizia que a nossa igreja era a mais fria, mais inamistosa que
ele já havia freqüentado. Por mais de um mês, ninguém o havia
cumprimentado com um sorriso ou aperto de mão. Até mesmo o aperto de mão
do pastor, à porta no final do culto, foi descrito como
"descuidado". O homem concluía sua carta requerendo que seu
nome fosse excluído do livro da igreja.
Você já ouviu alguém expressar tais sentimentos? Alguma vez você já se
sentiu da mesma forma?
De todos os grupos humanos, os cristãos devem ser os mais amigáveis. Os
membros de nossa igreja, inclusive da minha, deveriam ter manifestado uma
cordial sociabilidade cristã para com aquele irmão, independentemente do
que pudéssemos pensar acerca da atitude dele. Mas à luz de nosso verso,
não seria o caso de que ele tivesse, pelo menos em parte, certa medida de
responsabilidade pela própria situação da qual se queixava?
A sociabilidade cristã deve ser sincera, espontânea e apropriada. Isso
quer dizer que certas manifestações de amizade podem ser inapropriadas.
Vou dar um exemplo. Enquanto pastoreava uma igreja em determinada cidade,
recebi um cartão pedindo-me que visitasse um homem que havia expressado
interesse em tornar-se membro da igreja como resultado de ter assistido a
um programa de televisão. Quando cheguei à casa desse senhor, ele me
abraçou e me recebeu como se eu fosse um irmão assumido por muito tempo.
Na primeira vez em que isso aconteceu, aceitei a manifestação como uma
expressão genuína de fraternidade cristã.
Mas aqueles abraços de "urso" não
pararam. Todas as vezes em que eu o visitava, passava por um derramamento
efusivo de afeição, tanto que fiquei sem graça diante de suas repetidas
demonstrações físicas de amor fraternal. Depois de muita oração,
escrevi-lhe o que considerei uma carta diplomática, sugerindo que
restringíssemos as nossas saudações a um amistoso aperto de mãos. Ele
aceitou a sugestão, e posteriormente tive o privilégio de batizá-lo.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário