Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer;
por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? Nee. 6:3.
Esse texto relaciona-se com a reconstrução dos muros de
Jerusalém após o cativeiro babilônico. A árdua tarefa foi realizada em
impressionantes 52 dias, mulheres trabalhando lado a lado com os homens. (Ver
Nee. 6:15 e 3:12.)
Daniel havia profetizado que os muros seriam reconstruídos
"em tempos angustiosos" (Dan. 9:25). Assim, Neemias talvez não se
tenha impressionado muito quando alguns críticos chegaram e tentaram impedir o
trabalho. Neemias disse que Sambalá, o horonita, Tobias, o amonita, e Gesém, o
arábio, haviam-no desprezado e zombado dele (2:19). Certo dia, um dos críticos
foi examinar o muro e ridicularizou-o: "Vindo uma raposa derrubará o seu
muro de pedra" (4:3). Mas Neemias recusou-se a interromper a obra que Deus
lhe havia confiado e a discutir com seus críticos. Essa é uma boa forma de
responder aos astuciosos.
Quando o Coronel George Washington Goethals estava
construindo o Canal do Panamá, enfrentou problemas de topografia e de doenças
tropicais que teriam intimidado um homem de menos fibra. Mas o pior problema
foi que ele teve de suportar comentários irônicos de críticos amargos de seu
próprio país. Estes tinham certeza de que ele fracassaria. Afinal de contas,
não havia o Visconde de Lesseps, famoso construtor do Canal de Suez, desistido
do projeto? Mas Goethals ignorou os astuciosos.
Certo dia, um de seus subordinados perguntou-lhe,
exasperadamente:
- O senhor não vai dar uma resposta aos críticos?
- Sim, oportunamente.
- Mas quando e como?
- Com o canal.
Que bela resposta!
Quando meu pai começou a obra missionária nas ilhas dos
Açores, idealizou um plano para a conquista de almas. Consistia em ir de porta
em porta com folhetos e voltar na semana seguinte com um folheto novo para ser
trocado pelo velho. Alguns duvidaram de que o plano funcionasse com o povo
conservador daquelas ilhas. Papai nunca discutiu a questão; simplesmente saía
com mamãe e conosco, os meninos, e mostrava que aquilo podia ser feito.
Se a obra que você está realizando é aprovada por Deus, não
pare para discutir com seus críticos. Deixe que os resultados falem por si
mesmos!
Críticas à Bíblia
Se vir que a praga se estendeu nas paredes da casa, ele [o
sacerdote] ordenará que arranquem as pedras, em que estiver a praga, e que as
lancem fora da cidade num lugar imundo: e fará raspar a casa por dentro ao
redor, e o pó que houverem raspado lançarão fora da cidade num lugar imundo.
Lev. 14:39-41.
Os críticos da Bíblia no início do século dezenove passaram
um bom período ridicularizando algumas das leis de saúde ordenadas pelo código
mosaico - entre elas, a prática de remover o reboco das casas de pacientes
leprosos. Embora não tenhamos todas as respostas para o por quê desses
regulamentos, hoje não mais ouvimos esse tipo específico de zombaria, e com uma
razão.
Há cerca de 100 anos, antes que a teoria de Pasteur sobre os
germes fosse claramente entendida, os cientistas observaram que os cirurgiões
que realizavam amputações no Hospital Bellevue, no Estado de Nova Iorque,
estavam perdendo um número alarmante de pacientes para as infecções. Observaram
também que os mesmos cirurgiões, que realizavam o mesmo tipo de cirurgia no
recém-construído Hospital Roosevelt, no mesmo Estado, obtinham uma elevada taxa
de convalescenças bem-sucedidas.
A partir das estatísticas, os cientistas concluíram que,
embora se tomasse muito cuidado com a esterilização dos instrumentos cirúrgicos
e com a própria sala de cirurgia, de algum modo o reboco e o assoalho do velho
prédio do hospital deviam estar abrigando germes. Estes faziam caminho até às
feridas dos amputados, causando o desenvolvimento de sepsia. Como conseqüência,
o Dr. H. B. Sands introduziu uma resolução segundo a qual dali em diante
nenhuma cirurgia grande fosse realizada no Hospital Bellevue.
A ciência posteriormente confirmou a lei levítica de Moisés.
Hoje, alguns dos germes que se tornaram resistentes aos antibióticos, como o
staphylococcus aureus, continuam a ser uma ameaça aos pacientes porque eles se
instalam no reboco e no piso dos hospitais.
Que podemos aprender de tudo isso? Que, embora não saibamos
dar uma explicação racional para tudo o que a Bíblia diz, não devemos procurar
ser mais sábios do que aquilo que está escrito (ver II Cor. 4:6). O futuro
ainda pode trazer descobertas adicionais que comprovem a autenticidade da
Bíblia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário