Apocalipse 3:14-22
A igreja jamais deve afrouxar a sua vigilância, como não
deve esperar uma vida de segurança e paz “terrena”. A Igreja somente baixará a
sua guarda quando estiver nos braços do Pai, na eternidade. Saibamos que tudo o
que é bom nesta terra, se torna alvo para tudo que é mal.
O que é bom só permanece assim pela constante vigilância.
Sem ouvirmos a Deus, sem nos mantermos em comunhão com Ele e Sua palavra, nós
como igreja, corremos o risco de não percebermos que algo que julgamos bom ou
certo, pode ser um grande mal.
A igreja de Laodicéia serve para nos advertir, com relação
ao que estamos meditando. Repare que nessa igreja não existe nenhuma citação a
doutrinas estranhas, líderes falsos e uma ação clara de Satanás. No entanto,
Jesus disse: Mas, porque são apenas mornos (i.e. indiferentes), nem frios nem
quentes, vou logo vomitá-los da minha boca. (v.16) O que Jesus está dizendo é
que estavam complacentes e não havia mais ardor ou amor à vontade de Deus.
Nós entendemos a mensagem de Jesus às igrejas no livro do
Apocalipse, como níveis de espiritualidade, compromisso e serviço do povo de
Deus, ao longo dos séculos da sua existência sobre a Terra. O período que
antecedeu ao de Laodicéia, foi a época dos grandes avivamentos que é
representado pela igreja de Filadélfia. (cf. Ap.3:7-13)
No período dos grandes avivamentos, muitas pessoas se
converteram a Jesus integrando-se à Igreja. Esta, por sua vez, se tornou em
instrumento Divino para transformar o que era mau em bom. Com o número
crescente de pessoas se integrando à Igreja, as ofertas financeiras aumentaram,
pois a causa era boa e o dinheiro era bom para o sustento de ministros, como
para a propagação do Evangelho. Entretanto a Bíblia diz que (...) o amor ao
dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. (1 Tm.6:10 NTLH)
O período de Laodicéia surge após o de Filadélfia, ou seja,
após a era dos grandes avivamentos. Eu creio que nós estamos vivendo em um
período, que é representado pela igreja de Laodicéia no livro do Apocalipse. O
que percebemos nas igrejas atuais, não é se Deus está ativo ou não, mas se
estamos tendo mais recursos financeiros. Em toda parte, o que ouvimos é uma
mensagem acerca de “prosperidade financeira”. A riqueza tem se tornado mais
importante do que ter Deus experimentalmente, tanto para os líderes como para
os que “frequentam” as igrejas.
Jesus disse assim: O que adianta alguém ‘ganhar’ o mundo
inteiro, mas ‘perder’ a vida verdadeira? Pois não há nada que poderá ‘pagar’
para ter de volta essa vida. (Mt.16:26 NTLH) Nós ganhamos do grande período dos
avivamentos, princípios de compromisso espirituais, de adoração e serviço; mas,
preferimos em nossa época a quantidade numérica para fins de riqueza. Nós
estamos perdendo a ação da “vida verdadeira” e a riqueza não pode comprá-la!
(cf. Ap.3:17,18) Portanto, o que deveria ser bom, se tornou um grande mal
devido à ganância.
O homem mais sadio tem dentro de si bactérias letais
suficiente para matá-lo, exceto por uma coisa – a capacidade do organismo
humano para resistir a essas bactérias. Essa luta se estende pelo dia e noite
contra seus “inimigos internos”. Faço uso do princípio contido nas palavras de
Jesus: (...) os inimigos do homem serão os da sua própria casa. (Mt.10:36 RA)
Há coisas dentro de nós e da Igreja que não nos parece
representar um grande perigo e só na presença de Jesus que elas são reveladas e
com a força que Ele dá é que podem ser resistidas. O corpo humano pode combater
os seus inimigos mesmo durante o sono, mas a Igreja não! Nós como Igreja,
precisamos estar bem despertos e decididos para sermos vencedores nesta vida.
Paulo diz: ‘Desperta’, ó tu que dormes, ‘levanta-te’ dentre os mortos e Cristo
resplandecerá sobre ti. (Ef.5:14 NVI)
Como poderemos nos levantar dos mortos, se estamos quase
separados de Deus pelo pecado da indiferença? (cf. Ap.3:16) Nós só conseguimos
isso, pelo poder Daquele que morreu, ressuscitou e que pode levantar o que está
caído ou afastado de Deus. (cf. Ap.3:20) Ao vencedor darei o direito de
sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu
Pai em seu trono. (Ap.3:21 NVI)
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