quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Amarras do Passado



Filipenses 3:13,14

INTRODUÇÃO
Tenho observado que muitas pessoas têm sido impedidas de serem abençoadas por estarem amarradas ao passado. Ninguém chegará ao futuro se não se libertar do passado. Nunca se esqueça que o nosso futuro é construído no presente.

I. QUANDO O PASSADO PODE ESTRAGAR O MEU FUTURO
Quando Vivo o Presente Preso ao Passado

1. Preso as experiências negativas
a) Experiências Sentimentais
    Esaú ficou preso ao desejo de vingança contra seu irmão Jacó, estragando toda a sua vida.
    Existem pessoas que nunca são felizes porque nunca conseguiram se libertar de uma ofensa sofrida. (mágoa no coração).

b) Experiências Profissionais
    Um emprego que não deu certo.
    Uma empresa que você montou e não deu certo.
    Um vestibular que você foi reprovado.

c) Experiências Cristãs
    Uma decepção que você teve com seu líder (pastor)

d) Experiências Ministeriais
    Elias se decepcionou tanto que desejou a morte.
    Talvez você esteja na caverna como Elias estava.

II. O QUE FAZER PARA IMPEDIR QUE O PASSADO ATRAPALHE O MEU PRESENTE
È Preciso me libertar das amarras do passado

1. Esquecer das coisas que para trás ficam Fp. 3.13
a) Deixar de viver o saudosismo
    O que tem te prendido ao passado?


2. É Necessário Fazer Mudanças em Minha Vida
a) Toda mudança exige quebra de paradigma
    Pra o filho pródigo se tornar uma benção ele teve que fazer mudanças em sua vida.

3. É Necessário Correr os Riscos da Mudança
a) A Mulher do fluxo de sangue correu o risco de ser esmagada no meio da multidão.

III. CONSTRUINDO UM FUTURO DE BENÇÃOS
È Preciso Avançar para o Futuro Fp 3.13 b

1. É Uma questão de Ação (Avançar)
a) Sair da inércia
    Josué teve que sair da zona de conforto para assumir o lugar de Moisés.
    Josué teve que decidir pela sua família – Eu e minha casa serviremos ao Senhor.

2. É Necessário Determinação em atingir o alvo.
a) Prossigo para o alvo Fp. 3.14
    Corro direto para o alvo
    Não permito que nada tire a minha visão do alvo.

3. É Necessário Ter Inspiração Pelo Alvo.
a) O que me inspira a lutar contra as amarras do passado é o Prêmio
    A Salvação em Cristo Jesus.
    Só leva o prêmio quem cruza a linha de chegada.

Aliança e Sacerdócio



Hebreus 4:14 - 10:23

A Epístola aos Hebreus admite a priori que seus leitores entendem comunhão com Deus em termos de mediação sacerdotal. Não explica a necessidade dessa mediação. Mas em 12:18-29 faz-se o contraste entre Deus no Sinai, e a proximidade atual de Deus pela medição sacerdotal de Jesus Cristo.

O ser humano não tem condições de sobreviver à presença imediata de Deus: "pediram que se lhes não falasse mais" (12:19b), "porque não podiam suportar o que se mandava: se até um animal tocar o monte, será apedrejado" (12:20); o próprio Moisés ficou "todo assombrado e tremendo" (12:21). O povo "que não trespasse o termo para ver o Senhor, a fim de muitos deles não perecerem" (Ex. 20:21).

Sem a cortina protetora de um mediador, provavelmente o homem se desintegraria na presença de Deus: "o nosso Deus é um fogo consumidor" (12: 29). Mesmo a Lei foi posta pelos anjos na mão de Moisés. (Gal. 3: 19).


Deus não mudou. Mas agora os cristãos se encontram perante "Jesus, o mediador de uma nova Aliança" (12:24a), e por isso, chegam até "Deus, o juiz de todos" (12: 23b). Entre nós e o Juiz, encontra-se Jesus Cristo.

Não existe aliança entre Deus e os homens sem mediador; um sacerdote é indispensável, pois sem sua mediação não teremos comunhão com Deus.

Na Aliança do Sinai estabeleceu-se o sacerdócio aarônico símbolo e sombra da mediação perfeita. A mediação aarônica era apenas "cópia e sombra das coisas futuras" (8:5a), "alegoria para o tempo presente em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço" (9: 9).

Mas, mesmo no Sinai; mesmo para Abraão; mesmo para o começo dos séculos, a comunhão do homem com Deus foi possível pela mediação do Filho de Deus, além e acima do sacerdócio alegórico, "doutra maneira necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifes-tou para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo" (9: 24 - 26).

Embora o sacrifício de Cristo seja historicamente datado, e um só, contudo seu sacerdócio vem do começo dos séculos e não terá fim. É o sacerdócio eterno do Filho que convalida o serviço levítico. E é ele que legitima Melquisedeque.

É sempre Cristo o Mediador, de sempre para sempre; seu aparecimento na história tem sentido cósmico: é a revelação, em tempo e lugar estabelecidos, de uma mediação anteriormente viva e eficaz, mas não explícita. De outra sorte, necessário lhe fora padecer muitas vezes, desde a fundação do mundo; mas o Mediador é ele, foi Ele, desde a Fundação do mundo. Com Ele, de sempre e para sempre, a aliança de Deus, ratificada "pelo sangue da Aliança eterna" (13: 20a).

Mas quando o mediador se manifestou a história se tornou climáxica (uso essa forma deliberadamente), chegara "a consumação dos séculos" (9: 26b). O que faz pensar em história como o desenvolvimento no tempo das relações de Deus com o homem.

Foi o Filho quem deu sentido e validade ao sacerdócio aarônico do qual ainda havia, ao escrever-se a epístola, "sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, os quais servem de cópia e sombra das coisas celestiais" (8: 4c, 5a); o primeiro tabernáculo "é uma alegoria para o tempo presente" (9: 9a).

Mas, se sacrifícios e Tabernáculo eram alegoria e sombra, "Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus" (9: 24).

Essa comunhão não era a comunhão final, mas era significativa, pois sombra, cópia, símbolo, do culto atual mediante Jesus Cristo. Também o sacerdócio de Melquesé-deque toma significado do Cristo eterno: Melquisedeque é "feito semelhante ao Filho de Deus" (7: 3b).

Seu sacerdócio permanece (em Cristo e com Cristo); diversamente do sacerdócio levítico, Cristo, "porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo" (7:24). Ele é que foi feito sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque, pois entrou por nós até ao interior do véu, "feito eternamente sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque" (6: 20).

Ele, o depositário do juramento divino do Salmo 110, "Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque"; é, portanto, ele "aquele de quem se testifica que vive" (7: 8), e que, por Melquisedeque, recebeu os dízimos de Abraão. E agora vive sempre para interceder por aqueles que, por sua mediação, se chegam a Deus, pois "pode salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (7: 25).

O Horário de Verão e o Reino de Deus




O Horário de Verão foi instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932. O período 2002/2003 correspondeu à 29ª vez de implantação do sistema no Brasil, sendo que desde 1985 esse horário especial ocorre todos os anos, somando 18 vezes consecutivas. O principal objetivo da implantação do Horário de Verão é o melhor aproveitamento da luz natural ao entardecer, o que proporciona substancial redução na geração da energia elétrica que se destina à iluminação artificial.

Desde que cheguei aqui nos Estados Unidos, tenho participado ao vivo, via satélite, de algumas reuniões em nossa igreja no Brasil. Através do sistema que implantamos, tanto posso ver os irmãos, quanto sou visto por eles. Até Santa Ceia servimos através do Skype. Enquanto partimos o pão aqui com minha família, concomitantemente é partido o pão em nossa igreja. Uma experiência inédita para nós.

Durante quase o ano inteiro a diferença de horário entre os Estados Unidos e o Brasil é de apenas uma hora. Mas quando chega o horário de verão... a diferença passa a ser de três horas. E isso porque, enquanto os relógios no Brasil avançam uma hora, os daqui recuam uma hora. Por conta disso, temos que acordar muito mais cedo para participar do culto de Santa Ceia. Lá são 8h. da manhã, e aqui são 5h. Lá está claro, e aqui ainda escuro.

Da outra vez que morei aqui nos Estados Unidos, eu tinha que voltar ao Brasil a cada mês, e isso me trouxe muitos problemas. Os comissários de bordo chamam de Jet lag o efeito causado no organismo humano pela diferença de fuso horário. Pessoas que viajam constantemente sabem do que estou falando. Temos um relógio biológico em nosso corpo, que se adequa ao nosso fuso local. Quando trocamos esse fuso regularmente, nosso relógio biológico fica desequilibrado, e a gente começa a trocar a noite pelo dia, e vice-versa. E eu sei exatamente o que é isso. Já passei muitas noites acordado por causa do Jet lag.

Não haveria também uma espécie de fuso horário distinto entre o Reino de Deus e o resto do mundo?

Ora, sabemos pelas Escrituras, que quando abraçamos a fé em Jesus, fomos “arrebatados do império das trevas, e transportados para o Reino” (Cl.1:13). Portanto, fomos introduzidos em uma nova realidade, em um novo território (ainda que espiritual!). Nada mais coerente do que supor que essa nova realidade tenha seu próprio fuso horário.

Dada a rotação da Terra, o Sol aparece primeiro no Oriente. Por isso, a Austrália comemora a chegada do Ano Novo algumas horas antes de nós.

Como Igreja de Cristo, somos a Nação Santa, a Nova Jerusalém, lugar onde se vê primeiro o raiar do Novo Dia. É para nós, que tememos o nome do Senhor, que nasce “o sol da justiça, trazendo salvação debaixo das suas asas” (Ml.4:2).

Ainda que o Mundo esteja mergulhado nas densas trevas de uma noite que pareça eterna, para nós o dia já raiou:

“Levanta-te, resplandece, pois já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. As trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor vem surgindo, e a sua glória se vê sobre ti. As nações caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu” (Is.60:1-3).

E mais: somos informados que este Sol que acaba de nascer, jamais se porá. Portanto, o novo dia que raiou vai durar para sempre.

“Nunca mais se porá o teu sol (...) O Senhor será a tua luz perpétua” (Is.60:20).

Porém a Terra não pára de girar. O novo dia que surgiu para nós, há de raiar para todas as nações do Globo.

Para nós, que vivemos no fuso horário do Reino de Deus, Paulo escreve:
“A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz” (Rm.13:12).
É hora de aposentarmos nossos pijamas, e despertarmos para vivermos o novo dia, o hoje eterno.

E esse novo dia começou quando Cristo rendeu Seu espírito na Cruz, dizendo: Está consumado. O velho aión (era) teve seu fatídico fim.

As trevas encontraram o seu apogeu. No relógio profético, a Cruz se deu à meia-noite. Por isso Jesus afirmou ao ser preso: “Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas” (Lc.22:53).

A partir da Cruz, começa o novo dia, o Dia do Senhor.

Portanto, a tendência é que as coisas clareiem, em vez de escurecerem. Em outras palavras, o mundo caminha para a restauração, e não para a destruição, como insistem alguns.

Quando começa um novo dia? Não é no primeiro segundo após a meia -noite? Entretanto, a noite continua tão escura quanto antes. Porém, a partir daí, gradativamente, as trevas vão cedendo à luz. Ainda que os olhos não percebam, dado o caráter paulatino com que o dia vai clareando. As horas que se seguem testemunham o embate entre as trevas e a luz. Invariavelmente, as trevas são vencidas.

“A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram sobre ela” (Jo.1:5).

Horas depois, surge no horizonte a estrela da manhã, anunciando que a qualquer momento, os primeiros raios solares serão vistos.

Não é debalde que Jesus Se apresenta nas páginas de Apocalipse como a Estrela da Manhã (Ap.22:16).

Sempre que o Evangelho chega a novos rincões, Jesus Se apresenta ali como a estrela matutina.

A Igreja dos dias de João presenciou a alvorada do novo dia. Por isso João, o mesmo autor de Apocalipse, escreveu em sua epístola:

“...as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz” (1 Jo.2:8b).

Em breve, a luz do Evangelho terá alcançado todos os povos, e o novo dia alcançará o seu apogeu. Todas as nações se renderão à Cristo, Luz do Novo Dia. “Todos os confins da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; todas as famílias das nações adorarão perante ele” (Sl.22:27).

Ser reinista é crer piamente que a História terá um desfecho glorioso, e que a Igreja de Cristo cumprirá a sua missão de discipular as nações.

Cumprir-se-á o que diz o sábio Salomão:

"A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Pv.4:18).

Em outras palavras, o bem triunfará. As trevas serão totalmente dissipadas. A verdade e o amor prevalecerão. E aí... será dia perfeito!

Apesar de já vivermos a alvorada deste novo dia, há muitos que ainda dormem, sob o efeito de um Jet lag espiritual.

Para estes, vale a advertência apostólica, que diz: "Todos vós sois filhos da luz, e filhos do dia. Nós não somos da noite, nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios. Pois os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite. Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios..." (1 Ts.5:5-8a).

Lembre-se: Fomos arrebatados das trevas para luz. Pertencemos a uma outra ordem. Não podemos cede a este Jet lag, vivendo como se ainda estivéssemos no mundo. Estamos assentados nas regiões celestiais em Cristo Jesus, e portanto, reinando com Ele. E para aqueles que insistem em dormir, Paulo vocifera:

"Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará" (Ef.5:14).

Triiiiiimmmmmmm! Hora de acordar!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Símbolos e Cores da Igreja do Evangelho Quadrangular Renovada




O Evangelho Quadrangular está descrito em toda a Bíblia, desde os primeiros livros da Bíblia. Ele está prefigurado nas cores e móveis do Tabernáculo, cujo modelo e planta Moisés recebeu de Deus:
- Altar quadrado para as ofertas de sacrifício: Êx. 27:1
- No Castiçal: Êx 25:31
- Altar de queimar incenso: Êx 30:34 Outras referências às cores do Evangelho Quadrangular: Ex. 25:4; 28:5; Nm 4:13; II Cr 2:7; 3:14; Is 1:18 (onde se fala que carmesim é vermelho ou escarlate).   


Quadro Resumo da Visão de Ezequiel 1

No capítulo 1 de Ezequiel, os 4 rostos vistos representam 4 aspectos da vida de Cristo associados aos 4 evangelhos:
Ordem VisãoRostoEvangelhoJesus éSímbolo
Cor
1aHomem Jesus Cristo o SalvadorLucas aos GregosFilho do HomemCruz - Salvação
  
Escarlate ou Vermelha ou Carmesim
2aLeão Jesus Cristo o Batizador no Espírito SantoJoão a todos os CrentesFilho de DeusPomba - Espírito Santo
  
Ouro ou Amarela
3aBoi Jesus Cristo o MédicoMarcos aos RomanosServoCálice - Cura Divina
Azul Claro ou Azul Celeste
4aÁguia Jesus Cristo o Rei que há de VirMateus aos HebreusReiCoroa - Segunda Vinda
  
Púrpura ou Roxo

domingo, 21 de outubro de 2012

Por que Deus prioriza o homem na família e no ministério?




Um grande amigo meu publicou um artigo “antipático”, recentemente, contrário ao ministério pastoral feminino. Ao acompanhar as discussões em seu blog e nas redes sociais, verifiquei que algumas irmãs ficaram furiosas com o seu texto. Uma delas afirmou: “As doutrinas são dos homens. Os dons vêm de Deus”. Creio que muitos irmãos (mulheres e homens) ainda não aprenderam que Deus adotou o princípio da prioridade, quando deu ao homem a incumbência de liderar a família e o ministério.

Mulheres podem pregar o Evangelho, orar pelos enfermos e desempenhar todas as tarefas de um seguidor de Jesus? Sim. Elas fazem parte da Grande Comissão? Sim. São cooperadoras de Deus? Sim. Então, por que não poderiam ser pastoras? Como sou homem, talvez a minha resposta a essa pergunta soe como machista. Por outro lado, quando mulheres defendem pontos de vista contrários ao machismo, alguns homens ficam com a impressão de que elas são feministas. Como resolver esse difícil impasse?

Homens e mulheres precisam entender que, independentemente das circunstâncias, a Bíblia sempre será a inerrante e infalível Palavra de Deus. Mulheres e homens não devem “legislar” em causa própria, e sim aceitar o que a Palavra do Senhor assevera acerca da priorização e da hierarquização estabelecidas pelo Senhor na família e no ministério.

Alguém dirá: “Deus não faz acepção de pessoas. Somos todos iguais. A Igreja não é como as forças armadas. Não existe hierarquia no meio do povo de Deus. Homens e mulheres podem ser pastores”. Quem diz que Deus não hierarquiza e prioriza deveria estudar passagens como Gênesis 1; Números 2; Atos 15.6,22; 1 Coríntios 12.28,29; 15.23; 1 Tessalonicenses 4.16,17; 5.23, etc. Observe especialmente os termos “primeiramente”, “em segundo lugar”, “em terceiro lugar”, “depois”, etc.

Em Isaías 43.7 está escrito: “a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória; eu os formei, sim, eu os fiz”. O ser humano não foi apenas criado por Deus. Ele foi criado, formado e feito para a glória do Senhor. Um edifício, antes de ser formado e feito, é criado pelo arquiteto, que faz, antes da construção, o croquis, o projeto, etc. Formar é dar forma ao que foi previamente criado, concebido, projetado. A feitura, mencionada no texto bíblico, diz respeito ao acabamento da obra (cf. Gn 2.3).

Quem foi criado primeiro, o homem ou a mulher? Nenhum dos dois, pois ambos fizeram parte do projeto original de Deus. Na criação não houve priorização: “macho e fêmea os criou” (Gn 1.26). Quem foi formado primeiro? O homem. Segue-se que a priorização divina ocorreu na formação, e não na criação: “Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva” (1 Tm 2.13). Por que o Senhor não formou primeiro a mulher e, depois, tomou uma das costelas dela para formar o homem? Porque Ele é soberano e decidiu priorizar o homem (Gn 2.7,22).

No cristianismo genuíno não há espaço para machismo e feminismo, movimentos extremados que ignoram o princípio divino da prioridade. O primeiro adota o princípio da superioridade e considera a mulher inferior ao homem, enquanto o outro, adotando o mesmo princípio, demoniza o homem. No Corpo de Cristo, há lugar para ambos os sexos, desde que reconheçam, à luz das Escrituras, a sua posição.


Reconheço que muitos homens cristãos precisam reconsiderar a sua opinião acerca das mulheres, que, ao longo dos séculos, vêm sendo discriminadas, principalmente no meio religioso. Por que muitas irmãs em Cristo não aceitam a doutrina de Deus (e não de homens) quanto à submissão ao marido? Porque muitos esposos, autoritários, se consideram superiores às suas esposas e as desprezam.

Segundo a Bíblia, a relação entre homem e mulher deve ser, antes de tudo, de respeito mútuo (1 Co 7.3-5). Deus formou Eva a partir de uma das costelas de Adão (Gn 2.18-22) para demonstrar que a mulher não deve estar nem à frente nem atrás do homem, mas ao seu lado e de frente para ele, como adjutora e ajudadora, o que não denota inferioridade. Observe que Deus, infinitamente superior ao ser humano, é o nosso Ajudador (Hb 13.5,6).

Paulo compara a submissão da mulher à sujeição de Jesus (1 Co 11.3). Deus Filho e Deus Pai fazem parte da Trindade e são iguais em poder (Mt 28.19; Jo 10.30). Todavia, Cristo, por amor, e não por imposição do Pai, submete-se voluntariamente a Ele, recebendo dEle toda a honra (Fp 2.6-11). A Palavra do Senhor também afirma: “assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Ef 5.24). E Cristo não obriga ninguém a obedecê-lo.

A Bíblia não abona o igualitarismo feminista, mas também não avaliza o machismo. O termo “vaso mais fraco” (1 Pe 3.7) não foi empregado como sinônimo de inferioridade. Ele denota que a mulher é mais frágil, mais sensível e, por isso, deve ser amada e honrada pelo marido (Ef 5.25-29). Repito: o princípio que Deus adotou foi o da prioridade, e não o da superioridade, visto que Ele não faz acepção de pessoas (At 10.34). E o princípio da prioridade também vale para o exercício do ministério.

Quem não aceita o princípio bíblico da prioridade abraçará, inevitavelmente, “doutrinas de homens”, como o igualitarismo feminista. Alguns teólogos, ao não encontrarem nas Escrituras passagens claras em defesa do ministério feminino, têm afirmado que Paulo era contrário às mulheres, em razão de sua formação farisaica. Isso não resiste a uma exegese, pois nenhum machista aconselharia os homens a amarem a sua própria mulher (Ef 5.25), tampouco teria tantas mulheres como cooperadoras (Rm 16). Ademais, esse apóstolo se declarou imitador de Cristo (1 Co 11.1).

Se Paulo era machista, o que dizer de Jesus, que escolheu doze homens para compor o ministério da igreja nascente? Ele teria se enganado? Ou o Mestre tinha algum vínculo com fariseus, saduceus ou quaisquer grupos machistas de sua época? A Bíblia diz claramente que o Senhor “chamou para si os que ele quis” (Mc 3.13). Por que Ele não quis chamar algumas mulheres para figurar entre os seus apóstolos? Por que não chamou seis casais, por exemplo?

Na escolha dos primeiros diáconos, que poderiam vir a ser presbíteros ou apóstolos, caso tivessem chamada de Deus para tal e servissem bem ao ministério (Hb 5.4; 1 Tm 3.13), os apóstolos disseram: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões” (At 6.3). No primeiro concílio, em 52 d.C., os rumos da igreja foram traçados por homens (At 15). Em Apocalipse 2 e 3, são mencionados os pastores (homens) das igrejas da Ásia.

Alguns teólogos dizem que Júnias (ou Júnia) era uma apóstola. Mas, pelo que tudo indica, ele (e não ela) era apenas um cooperador de Paulo. Mesmo que Júnias fosse uma mulher, o texto bíblico não confirma o seu apostolado, pois não era comum uma mulher ficar presa com homens: “Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo” (Rm 16.7). Distinguir-se entre os apóstolos não significa, necessariamente, exercer o apostolado. Marcos e Lucas, por exemplo, não eram apóstolos e se distinguiram, se notabilizaram, entre eles.

Nos tempos da igreja primitiva, as mulheres se ocupavam da oração (At 1.14) e do serviço assistencial (At 9.36-42; Rm 16.1,2). E algumas se notabilizaram como fiéis cooperadoras do apóstolo Paulo, como Febe, Priscila, Trifena, Trifosa, etc. (Rm 16), além de Lídia, a vendedora de púrpura (At 16.14). Não há nenhuma referência a mulheres exercendo atividades pastorais. Alguns defensores do pastorado feminino afirmam que Priscila era uma apóstola, mas, a despeito de ela ter sido citada com destaque (At 18.26), não há nenhuma referência que confirme seu apostolado.

“E as mulheres que estão no campo missionário dando a sua vida pela obra de Deus? Não podem elas exercer o pastorado?”, alguém perguntará. É claro que as regras têm as suas exceções. Mas não devemos nos valer destas para adotar condutas generalizantes, sem compromisso com as Escrituras, como o pensamento infundado de que todas as esposas ou filhos de pastores são automaticamente pastores.

Conquanto as mulheres sejam mencionadas com grande destaque nas páginas do Novo Testamento, aparecendo na linhagem e no ministério de Cristo (Mt 1.3,5,6,16; Lc 8.1-3), Deus priorizou os homens, em regra geral, no que tange ao pastorado e aos ministérios afins (Ef 4.8-11). Mas isso não significa que as mulheres não podem trabalhar para Deus.

Todos os salvos são cooperadores de Deus (1 Co 3.9). Mas precisamos aceitar a chamada soberana do Senhor para a nossa vida. Não devemos amoldar a Bíblia ao nosso modo de pensar nem às influências filosóficas prevalecentes no mundo. Por mais que nos sintamos contrariados, devemos renunciar o nosso eu (Lc 9.23), a fim de obedecermos à vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.1,2).

Amém?

Muitas pessoas me escreveram fazendo a seguinte pergunta: Jesus Teve Irmãos? vai ai a resposta.....

Tire suas conclusões, entenda que sou apenas um teólogo e pesquisador, se vc me mostrar provas e evidencias contra esses argumentos eu vou concordar com vc...um abraço.

De acordo com a Bíblia, Jesus teve quatro irmãos (Tiago, José, Simão e Judas) e também algumas irmãs (Mateus 12:46-50; 13:55-56; João 2:12; 7:3-10; Atos 1:14; 1 Coríntios 9:5; Gálatas 1:19). Por causa do mito de que Maria foi uma virgem perpétua, foi inventada a teoria que estes "irmãos" de Jesus são, de fato, apenas primos. Esta explicação é conveniente, mas contrária à evidência. Esta palavra "irmão" é usada 346 vezes no Novo Testamento e nunca significa "primo". Havia uma palavra para primo, usada em Colossenses 4:10, mas não é a que foi usada nos textos acima. É verdade que a palavra "irmão" é usada para a irmandade espiritual, mas todas as vezes que "irmão" é usada no Novo T
estamento para uma relação de família física, ela simplesmente significa irmão. Se irmão significasse primo, em Lucas 8:19-21, Jesus estaria dizendo que sua mãe e seus "primos" eram aqueles que ouvem a palavra e a cumprem.

Toda esta controvérsia é reflexo de uma tendência a dar a Maria uma honra indevida. Muitos pensam que Maria tinha e ainda tem uma influência especial sobre Jesus e que ela pode ser uma mediadora entre nós e Jesus. Mas veja quantas vezes, na Bíblia, Jesus mostrou que Maria não tinha uma capacidade especial para persuadi-lo. 1. Quando foi dito a Jesus que sua mãe e irmãos o estavam procurando, ele respondeu que considerava como sua mãe e irmãos verdadeiros aqueles que o obedecem (Mateus 12:46-50; Marcos 3:31-35; Lucas 8:19-21). 2. Quando a mãe de Jesus sugeriu que a falta de vinho na festa de casamento seria uma boa hora para declarar-se o Messias, ele recusou sua sugestão dizendo: "Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora" (João 2:4). 3. Quando uma mulher na multidão disse a Jesus: "Bem-aventurada aquela que te concebeu e os seios que te amamentaram", Jesus respondeu: "Antes bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam". Paulo concluiu em 1 Timóteo 2:5 que há "um só mediador entre Deus e os homens, Cristo

Uma Disputa Pelo Seu Amor




Talvez você já tenha ouvido falar sobre algumas destas “notícias” no meio cristão:

- Pastores envolvidos com adultério ou homossexualismo;
- Jovens que saem dos cultos e vão para motéis;
- Consumismo, imoralidade entre cristãos;
- Rebeldia dos filhos e dos jovens em geral no meio da igreja;
- Namoro com descrentes, etc, etc, etc.

Você sabia que isso também pode acontecer com você e comigo? Todos nós podemos cair de modo semelhante se não tomarmos o cuidado necessário. Mas isso não é algo que acontece da noite para o dia. Existe todo um processo, que muitas vezes ocorre sem que percebamos, e que termina numa vida distante de Deus.

Vivemos numa época em que muitas coisas querem nos afastar de Deus. É um verdadeiro cabo de guerra. Duas forças puxando uma corda para lados opostos. Todo cristão vive numa constante queda-de-braço, numa disputa pela sua lealdade, pelo seu amor. O crente possui dentro de si o Espírito Santo, que deseja levá-lo a amar a Deus e obedecer à Sus vontade, mas também possui o pecado, que o empurra para amar o mundo e satisfazer os seus desejos.

Precisamos estar atentos, pois nós também podemos estar caminhando para uma vida distante de Deus. E a Bíblia nos alerta sobre isso.

1 João 2.15-17 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.

Algo que precisamos ter sempre em mente para entender 1 João é o fato de que a carta foi escrita a fim de possibilitar que os cristãos pudessem desfrutar dos benefícios da comunhão com Deus. A epístola faz isso, mostrando os critérios que permitem o cristão avaliar se ele mesmo está desfutando desta comunhão. Neste sentido, João mostra que o amor é uma evidência daqueles que estão em comunhão com Deus. Quando estamos em comunhão com um Deus que é amor, conseqüentemente nos amamos a Deus e ao próximo. Por isso, o texto exorta os cristãos a amar.

Mas existem coisas que podem nos afastar desta comunhão com Deus, e conseqüentemente do amor que vem de Deus. João mostra aquilo que pode nos afastar do amor a Deus e ao próximo é o amor ao mundo.

Quando amamos o mundo ou as coisas que pertencem a ele, a conseqüência é que nos afastamos do amor tanto “a” como “que vem de” Deus. Um exemplo disso está em 2 Timóteo 4.10:

“Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica.”

Vemos que o fato de Demas ter amado as coisas deste mundo fez com que ele abandonasse a Paulo e a obra missionária. Este é o risco que corremos quando nos deixamos fascinar pelo que o mundo oferece.

O apóstolo João nos dá algumas orietações sobre este perigo que corremos.

NÃO DEVEMOS AMAR O MUNDO NEM AS COISAS DO MUNDO (v.15a).

15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo.

João dá uma ordem! Não se trata de uma opção, mas de um dever. O cristão não deve amar as coisas do mundo! Mas ele também aponta o motivo pelo qual não devemos fazer isso...

1.1 – Não devemos amar o mundo porque aquele que o ama não tem o amor a (que vem de) Deus (v.15b).
Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;

A razão pela qual não devemos amar o mundo é que, quando nos deixamos envolver por ele, isso nos afasta do amor de Deus. A pessoa que ama o mundo demonstra que não ama a Deus. É o que nos mostra também Tiago:

Tiago 4:4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.

Mas como isso acontece? O que existe no amor ao mundo que nos afasta do amor de Deus? João continua a nos dar a resposta.

1.1.1 – Porque as coisas do mundo não vêm de Deus (v.16)
16 porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.

João mostra que as coisas que existem no mundo não procedem de Deus. Assim, quando amamos estas coisas estamos valorizando aquilo é contrário ao próprio caráter de Deus.

O texto nos mostra que existem três elementos que pertencem ao mundo e que nos afastam do amor de Deus. Quando João fala sobre “tudo” o que há no mundo, dá a entender que os três elementos que apresenta a seguir são a base para tudo aquilo que o mundo oferece que contraria a Deus. Em outras palavras, todo o pecado e maldade que o mundo apresenta estão baseados nestes três elementos:

- a concupiscência da carne
- a concupiscência dos olhos
- a soberba da vida

Vamos ver o que significa cada um deles.
a) concupiscência da carne (cobiça da carne)
A palavra concupiscência significa um “desejo intenso”. Na Bíblia, ela é usada para se referir a um desejo negativo, pecaminoso. Existe uma íntima ligação entre o desejo e a possibilidade de pecado. Tiago 1.13-15 diz o seguinte:

Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.

Isso mostra que a origem do pecado do homem está nos seus desejos, quando os alimentamos de tal maneira que buscamos satisfazê-los no pecado. Assim, desejar as coisas do mundo nos leva ao pecado, e o pecado nos afasta de Deus.

Mas não se trata de um desejo qualquer. Trata-se de um desejo forte ligado à carne. A expressão aplica-se principalmente ao desejo que temos de satisfazer as vontades pecaminosas através do nosso corpo. Podemos incluir aqui todo o tipo de desejo sexual pecaminoso de impureza, lascívia, fornicação, adultério, etc. Também se aplicam aqui os problemas relacionados à comida, como gula, e bedida. Até mesmo a preguiça pode estar relacionada a um desejo pecaminoso de satisfazer o corpo através do descanso.

Assim, se você anda desejando demais a satisfação dos desejos do seu corpo, cuidado! Você pode estar se afastando de Deus. É preciso negar seus desejos pecaminosos e deixá-los de lado e voltar sua atenção sobre Deus.

b) concupiscência dos olhos (cobiça dos olhos)
A concupiscência dos olhos está ligada à cobiça. Trata-se da vontade de contemplar aquilo que agrada aos olhos, mesmo que se trate de algo proibido. É desejar excessivamente aquilo que não temos. Isso ocorre quando valorizamos demais tudo aquilo que “enche os olhos”.

A Bíblia mostra vários exemplos disso:
- Eva (Gn 3.6):

“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao seu marido, e ele comeu.”

- Davi (2Sm 11.2):

“Uma tarde, levantou-se Davi do seu leito e andava passeando no terraço da casa real; daí viu uma mulher que estava tomando banho; era ela mui formosa.”


- Acã (Js 7.21):

“Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata por baixo.”

Precisamos tomar cuidado com aquilo que nossos olhos desejam, pois isso pode nos afastar do amor a Deus, na medida em que começamos a desejar mais as coisas do mundo do que o próprio Deus.

Cuidado com aqueles desejos e sonhos aparentementes inocentes que você alimenta em seu coração. Eles também podem afastar você de Deus. Muitas vezes nos preocupamos apenas com aqueles pecados mais evidentes. Mas é possível que aquele carro novo que você quer, ou aquele emprego, ou aquela roupa, ou aquela pessoa se tornem algo que você deseja tanto, que esse amor o afaste do amor a Deus.

c) soberba da vida (ostentação dos bens)
Se você tiver a NVI, pode perceber que a tradução diz “ostentação dos bens”, ao invés de “soberba da vida”. Isso acontece porque a palavra pode significar tanto “vida” como os “recursos para manter a vida”, ou seja, os bens materiais. Em 1 João 3.17, por exemplo, o mesmo termo que é traduzido como “vida” em 2.16 é traduzido como “recursos deste mundo”:

Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?

Isso significa que João pode estar se referindo tanto ao orgulho e confiança em bens materiais como ao orgulho fundamentado nas coisas desta vida, incluindo aí até mesmo a capacidade intelectual da pessoa, por exemplo. De qualquer forma, o sentido do texto é o de apreciar os recursos deste mundo (materiais ou imateriais) que a pessoa possui e depositar neles a sua confiança.

Quando amamos e confiamos mais nas coisas materiais do que em Deus, isso é demonstração de que estamos distantes do amor de Deus. Em quem você confia? Em Deus ou nas coisas deste mundo? A tranqüilidade do seu sustento, de que as coisas não vão faltar no dia de amanhã está em Deus ou no seu trabalho e no dinheiro que você guardou nos últimos anos?

Cuidado com aquilo que você valoriza e confia. O quanto você ama as coisas materiais? Talvez seja seu carro novo, que você morre de medo que alguém arranhe a tintura ou que seja roubado. Talvez seja seu celular novo que você quer que todo mundo veja. Ou ainda aquele aparelho de som de última geração que é tão especial para você que ninguém pode por a mão. Cuidado para a importância que você dá para os bens materiais, isso pode afastá-lo de Deus.

1.2 – Não devemos amar as coisas do mundo porque elas são passageiras (v.17).
Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.

O texto mostra ainda uma outra razão pela qual não devemos amar as coisas do mundo. O motivo é que estas coisas são passageiras. Todas estas coisas que despertam a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida não existirão para sempre. Conseqüentemente, também a concupiscências que elas despertam deixarão de existir. Isso significa que não devemos preferir estas coisas, pois elas são passageiras.

Por outro lado, o texto mostra que aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. Não podemos esquecer que João está falando sobre evidências de alguém que está em comunhão com Deus, ou seja, de pessoas crentes. Estas pessoas irão viver eternamente na presença de Deus. Por isso o apóstolo João faz o contraste: o cristão não deve amar o mundo porque ele passa, e também não deve amar o mundo porque, como salvo, viverá eternamente com Deus e por isso deve cuidar das coisas celestiais.

Se alguém quer te dar um presente e coloca diante de você uma câmera digital de última geração e uma daquelas máquinas descartáveis, qual delas você irá escolher? Você irá escolher aquela que irá durar! No entanto, muitos de nós preferimos escolher aquilo que é passageiro, e deixamos de lado aquilo que é eterno. Precisamos acordar: aquilo que é eterno tem muito mais valor do que é mundano e passageiro. Se estivermos realmente convencidos disso, iremos amar a Deus e não ao mundo.

Mas como podemos deixar de desejar estas coisas? Precisamos lembrar que o desejo não é errado em si. O problema é a intensidade do desejo. Tiago fala que somos tentados pelos nossos desejos, e tentação não é pecado. A questão é quando o desejo pelas coisas do mundo é tão grande que ocupa o lugar de Deus em minha vida.

A concupiscência por determinada coisa não é algo que acontece do dia para a noite. Ela é fruto de um processo no qual nós vamos gradualmente alimentando estes desejos no mais íntimo do nosso coração, a ponto de nos tornarmos escravos deles. Do mesmo modo, deixar o amor pelas coisas do mundo também é um processo, no qual deixamos de alimentar a concupiscência e passamos a alimentar o amor por Deus. Em outras palavras, se uma pessoa tem problema com cobiça, ela tem que confessar isso diante de Deus e preparar um plano no qual irá deixar de alimentar o desejo. Por exemplo, se a pessoa cobiça carros, ela deve parar, por um momento, de assinar a revista 4 Rodas. Controle seus pensamentos. Ao invés de ficar toda hora sonhando com o carro, volte seus pensamentos para Deus. Medite na Palavra. Memorize versículos. Transforme-se pela renovação da sua mente (Rm 12.2).

Romanos 12.2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A Postura Correta Para a Oração




E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. S. Mar. 11:25.

Durante meu ano de calouro na faculdade, fiquei sabendo que um de meus colegas, um cristão sincero e dedicado, sempre "levantava os olhos" quando em oração. Ao lhe perguntarem por que orava assim, ele calmamente respondia que era dessa maneira que Jesus orava, e fazia referência a S. João 11:41. Fiquei atento àquele colega para ver se a história era verdadeira. Era, sim. Também percebi que eu não era o único que estava observando e sorrindo. Só posso falar por mim, mas garanto que não recebi nenhuma bênção mediante a oração que estava sendo feita.

Anos mais tarde, visitei uma igreja onde um dos membros insistia em que a única postura correta para a oração era de joelhos. Ele não apenas colocava em prática a sua convicção, mas convencia os demais, inclusive o jovem pastor, de que nenhuma outra posição era apropriada; ajoelhar-se era a única forma aceitável de orar a Deus. Alguns membros objetavam, citando o versículo <?> de hoje. Outros perguntavam se alguém que estava de cama precisava ajoelhar-se para orar. (Ver Sal. 4:4.)

Fossem quais fossem os méritos de ajoelhar-se para orar, essa divisão de opiniões confundia os visitantes e dividiu a igreja. Sincero como possa ter sido nosso irmão, a maioria dos cristãos concordou que tal prática não era sábia por causa de seu efeito sobre a igreja e especialmente os visitantes, que não sabiam se deviam ficar em pé ou ajoelhar-se.

Insistir em um tema polêmico parece ser uma violação do princípio da unidade apoiado pelo texto "Deus não é de confusão". I Cor. 14:33. Além disso, a maioria também haverá de concordar com o fato de que, ao fazer-se notar por essa prática, nosso irmão estava possivelmente chamando mais atenção sobre si mesmo do que para Cristo.

A Bíblia não prescreve nenhuma postura única para a oração. Embora ajoelhar-se seja sem dúvida apropriado e mostre reverência, parece que o importante não é tanto a posição física, mas a atitude mental. Que sempre nos lembremos disso.

Chamado à Oração

À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e Ele ouvirá a minha voz. Sal. 55:17.

Pelo texto acima, evidentemente, o salmista costumava orar três vezes por dia.

Quando visitei o Egito, alguns anos atrás, fiquei sabendo que os muçulmanos oram cinco vezes por dia. Nosso grupo de turismo, certo dia, visitou uma mesquita no Cairo. Quando chegou a hora da oração, um muezim lá em cima, na sacada de um dos minaretes da mesquita, chamou os fiéis à oração com vibratos na voz aguda. Em resposta, os seguidores do "profeta" pararam o que estavam fazendo e estenderam seus tapetezinhos de oração. Voltados na direção de Meca, curvaram-se para orar. Como sinal de respeito, nosso grupo parou e alguns de nós também oramos.

Enquanto ali estive, meditando, veio-me o pensamento: Esses muçulmanos deixam envergonhados os cristãos. Muitos dentre nós não oram nem com a freqüência do salmista. Deveriam os cristãos orar menos que os muçulmanos?

Não, com certeza não deveríamos orar menos. Isso não quer dizer que, todas as vezes que orarmos, devemos desenrolar um tapetezinho e colocar-nos de joelhos, mas seria bom que dirigíssemos nossos pensamentos ao Céu três, cinco ou mais vezes ainda por dia.
Você já considerou que todas as circunstâncias na vida de um cristão são um chamado à prece? Não deveríamos apenas orar em tempos de crise, mas especialmente quando tudo parece ir bem - ou bem demais. É nessas ocasiões que temos a tendência de esquecer que dependemos de Deus. É também nessas ocasiões que Satanás fraudulentamente usurpa o lugar que em nosso coração pertence ao Senhor por direito.

Não, não é necessário curvar-nos fisicamente cada vez que oramos, mas se quisermos manter nossa saúde espiritual, precisamos viver em atitude de oração.

"Podemos ter comunhão com Deus em nosso coração. ... Quando empenhados em nossos trabalhos diários, podemos exalar o desejo de nosso coração, de maneira inaudível aos ouvidos humanos; mas essas palavras não amortecerão em silêncio, nem serão perdidas. ... Ele se ergue acima do burburinho das ruas, acima do barulho das máquinas. É a Deus que estamos falando, e nossa oração é ouvida." - Obreiros Evangélicos, pág. 258.

Coisas Obtidas Mediante a Oração
Com a minha voz clamo ao Senhor, e Ele do Seu santo monte me responde. Sal. 3:4.

Você já ouviu alguém dizer (talvez você mesmo já tenha dito): "Só consigo fazer oração quando me dá vontade"? Dizer isso é entender mal o objetivo da oração. É colocar a oração sobre a base dos sentimentos - e os sentimentos mudam. Não são confiáveis.
Freqüentemente oscilam conforme o clima, as notícias, o estado de saúde. Nossa vida de oração deve repousar sobre um fundamento mais firme que os sentimentos.

A oração pode alinhar a nossa vontade com a vontade de Deus de tal maneira, que Ele possa abrir canais de atuação que de outra forma ficariam fechados. Assim, precisamos orar mais fervorosamente quando não sentimos vontade de fazê-lo, do que quando sentimos.

O Dr. Alexis Carrel, cirurgião franco-americano e laureado com o prêmio Nobel (em 1912 ele conquistou o cobiçado prêmio na área da fisiologia), deixou o seguinte testemunho acerca do poder da oração:
"A oração é a mais poderosa forma de energia que se pode gerar. A influência da oração sobre a mente e o corpo é tão demonstrável como a das glândulas secretoras. Seus resultados podem ser medidos em termos de maior vivacidade, vigor intelectual, fibra moral e mais profunda compreensão dos relacionamentos humanos.

"A oração é indispensável para o desenvolvimento pleno da personalidade. Somente pela oração obtemos aquele conjunto harmonioso de mente, corpo e espírito. ... Quando oramos, ligamo-nos ao motivo [poder] inexaurível que move o Universo."
Que desafio!

Em um de seus poemas, Tennyson declara que "mais coisas são obtidas pela oração do que o mundo pode imaginar". Mas a maior mudança operada pela oração não ocorre com Deus, pois Ele jamais muda (Mal. 3:6); ocorre em nós. Embora Deus algumas vezes intervenha diretamente nos negócios humanos de maneiras miraculosas, Ele geralmente opera mudanças alterando a nossa ótica espiritual. Segundo o Dr. Carrell, nossa ótica espiritual alterada realmente muda as nossas condições mentais e, conseqüentemente, os processos fisiológicos, de formas notáveis.

Como Falar Com Deus
Eu darei a eles o que desejam, antes mesmo de Me pedirem. Enquanto eles ainda estiverem falando comigo sobre suas necessidades, Eu já terei respondido às suas orações! Isa. 65:24 (A Bíblia Viva).

O Dr. William Moon, conhecido por inventar um alfabeto em alto relevo para pessoas que ficaram cegas depois de adultas, e por ter fundado a Sociedade Moon, era cego também. Desde a sua juventude, dedicou a vida ao trabalho em favor dos desprovidos da visão. No verão de 1852, sua organização encontrou-se em aperto financeiro por causa de uma dívida de 22 libras esterlinas que ele havia contraído em conexão com seu trabalho.

Poucas horas antes de encerrar-se o prazo final para o pagamento, o Dr. Moon orou para que se abrisse uma porta e ele pudesse pagar a conta em tempo. Parecia que sua oração não seria atendida. Mas às 4 horas da manhã do dia-limite, uma senhora cega que morava em Brighton não conseguia dormir e, para passar o tempo, começou a ler o Salmo 34 pelo alfabeto do Dr. Moon. No versículo 6, ela leu as seguintes palavras: "Clamou este aflito, e o Senhor o ouviu."

Repentinamente, ela sentiu que o Dr. Moon precisava de dinheiro para levar avante a sua obra. Assim que amanheceu, ela vestiu-se, foi ao seu cofre e tirou uma nota de cinco libras. Mas teve o pensamento de que aquilo não seria suficiente, de modo que tirou mais três notas de cinco libras. Colocou-as em sua bolsa, que já continha duas moedas, e encaminhou-se à casa do Dr. Moon.

Depois de ser conduzida ao escritório dele, a senhora perguntou-lhe se ele estava tendo dificuldades financeiras relacionadas com o trabalho. Antes de receber aquela visita, o Dr. Moon havia decidido não contar a ninguém o seu problema, a não ser ao Senhor. Portanto, quando aquela senhora lhe fez a pergunta, ele hesitou em responder. A senhora estendeu a ele a bolsa, dizendo que seu conteúdo era para ser usado conforme ele achasse necessário. Podemos imaginar a surpresa do Dr. Moon ao descobrir que aquela bolsa tinha a quantia exata de que ele precisava para pagar sua dívida naquele dia.

O que Deus Fez por Estêvão

E apedrejavam a Estêvão. ... Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Com estas palavras adormeceu. Atos 7:59 e 60.

No início da década de 1850, Charles Haddon Spurgeon (1834-1892), ainda jovem, foi chamado para pastorear a capela de New Park Street, em Southwark, Inglaterra. Numa das noites, enquanto pregava acerca do martírio de Estêvão, um cínico interrompeu-o.

- O que foi que Deus fez por Estêvão quando ele foi apedrejado até à morte? - berrou o homem.

Spurgeon retorquiu instantaneamente:

- Ajudou-o a orar: "Senhor, não lhes imputes este pecado."
O cético calou-se.

Deus sempre atende nossas preces, mas nem sempre como achamos que Ele deveria. No caso de Estêvão, Ele não desviou o rumo das pedras; não o conduziu em espírito para algum lugar seguro; nem mesmo fulminou os agressores; mas Deus lhe deu graça para suportar a dor e manifestar o mesmo espírito de perdão para com os seus assassinos demonstrado por Jesus em relação com os que O crucificaram.

Quando eu era pastor, mais de uma vez ouvi membros de minha igreja dizerem que suas orações pareciam não passar do teto. Uma senhora disse a meu pai, quando ele era pastor, que sentia a impressão de ouvir suas orações voltarem a ela como um eco zombador. De uma coisa podemos ter absoluta certeza: não era a voz de Deus que zombava das orações daquela senhora. Era a voz do grande enganador e adversário das almas.

Muitas vezes, entretanto, o problema está conosco. "Não sabemos orar como convém" (Rom. 8:26) e a razão é que pedimos mal (com motivos egoístas, talvez) (S. Tiago 4:3). Deus não pode dizer Sim a essas orações e continuar sendo coerente. Se Ele fosse responder a esses pedidos como nós desejaríamos, não seria para o nosso bem. Assim, em Sua infinita sabedoria, Ele diz Não.

Se desejamos respostas positivas a nossas orações, precisamos pedir segundo a vontade - e a cronologia - de Deus. Quando oramos com esse espírito submisso, e Ele nem assim nos atende imediatamente, pode ser que esteja dizendo apenas: "Seja paciente; por enquanto, não." (Ver Heb. 10:36.)

Oração, a Respiração da Alma

Orai sem cessar. I Tes. 5:17.

Quase posso ouvir alguém dizer: "É impossível orar sem cessar."

Bem, em certas regiões da Europa e Ásia, existe uma pequena aranha chamada Argyroneta aquatica, que passa considerável parte de sua vida dentro d'água. É onde ela mora. De tempos em tempos, a aranha sobe à superfície, respira um pouco de ar fresco, forma-se uma bolha ao redor dela, e ela retorna para o fundo do lago ou do ribeiro, onde fica por mais algum tempo. Quando a aranha sobe outra vez à superfície, está perfeitamente seca e limpa. Embora passe a maior parte do tempo lá no fundo, não é tocada pela água ou pelo lodo ao seu redor. Por quê? Porque está envolta por uma cápsula do ar lá de cima.

Ar lá de cima!
Observe que, depois de a pequena aranha respirar o ar fresco e ficar cercada pela bolha de ar, ela continua respirando a atmosfera que a envolveu. Também na vida espiritual. Quando volvemos nossos pensamentos na direção do Céu no comecinho da manhã e respiramos sua atmosfera, ficamos rodeados por ela. Isso significa mais do que apenas tomar fôlego. Quer dizer comungar com Deus até que nossa vida espiritual se carregue de vitalidade. Então, ao longo do dia todo, continuaremos a respirar o ar com o qual nos envolvemos. Esse "ar" é a respiração da alma. Precisa de renovação periódica.

Assim como nossa vida física depende da respiração, nossa vida espiritual depende da oração. Uma pessoa cercada pelo ar espiritual respira-o tão naturalmente como respira o ar atmosférico. É isso que significa orar sem cessar.

Vivemos num mundo cheio de corrupção moral e espiritual, mas assim como a aranhazinha não se contamina com a água e o lodo ao seu redor, assim o cristão, cercado pela atmosfera do Céu, permanece incorruptível pelo mundo.

Inspire profundamente o puro ar celestial pela manhã e continue, ao longo do dia, respirando a atmosfera celestial que o circunda.

Não Seja Apanhado de Surpresa


Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vem a dor do parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão. Mas, vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse dia como ladrão vos apanhe de surpresa. I Tes. 5:3 e 4.

Quando nosso filho Steve nasceu, Vesta e eu morávamos em Manaus, junto ao rio Amazonas. Nossa casa situava-se nos arredores da cidade. O serviço de ônibus urbanos parava às 10 horas da noite e recomeçava às 4 da manhã. Não havia telefones por perto. Ao aproximar-se o tempo da chegada de Steve, consegui localizar três telefones cerca de um quilômetro e pouco de nossa casa, para alguma eventualidade. Assim mesmo, fomos apanhados de surpresa.
Não que não tivéssemos feito planos para a chegada de Steve. Nós fizemos. Mas ele não nasceu quando esperávamos que nascesse. As dores do parto começaram à uma e meia da madrugada. Eu me vesti e corri para o primeiro telefone tão rápido quanto conseguia. Era a casa de uma parteira. Bati palmas, como era costume. Como eu continuasse a bater, alguns vizinhos acordaram e me informaram que ela estava de férias.

Corri até uma loja onde havia telefone. Estava fechada, claro! Então percebi uma luz que brilhava por trás da porta de uma padaria. Bati palmas, expliquei a emergência aos dois empregados e pedi permissão para usar o telefone. Eles se desculparam, mas eu teria que pedir licença ao patrão, que morava na esquina. Corri até a esquina. Minhas palmas devem ter causado mau humor no patrão, pois quando expliquei minha aflitiva situação e pedi licença para usar o telefone, ele me disse com termos bem explícitos que ninguém usaria o telefone dele àquela hora da noite e bateu a janela com força.
A essa altura eu estava desesperado. Finalmente, encontrei alguns homens que tinham estado bebendo até tarde e haviam chamado um táxi. Quando lhes expliquei a situação, com boa vontade me permitiram usar o táxi que haviam chamado. Quando entramos no hospital, era quase tarde demais. Steve nasceu cinco minutos depois de termos chegado!

Seja quando for, a segunda vinda de Cristo apanhará a maioria das pessoas de surpresa. Você não precisa deixar que isso lhe aconteça, se estiver sempre pronto para o Seu retorno (ver S. Mat. 24:36-44).

Grande Fé, Grande Ganho




Percebendo-o Jesus, disse: Por que discorreis entre vós, homens de pequena fé, sobre o não terdes pão? Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens...? S. Mat. 16:8 e 9.

John McNeil, pastor nas ilhas britânicas, relata que certa vez pastoreou uma igreja que tinha pesadas dívidas. Isso o preocupava, e ele orou muito a respeito. Certo dia, um estranho foi ao seu escritório, disse que tinha conhecimento da dívida da igreja e ofereceu ajuda. A seguir, deixando um cheque em branco sobre a escrivaninha do pastor, disse-lhe que preenchesse o valor na quantia necessária, prometendo retornar mais tarde para assinar o cheque.

O pastor não podia crer no que acabara de ouvir. Depois que o desconhecido partiu, ele começou a racionalizar: "Isso não pode ser verdade. Será que esse homem entende que nossa dívida chega a milhares de libras? Duvido que pagasse tudo, se soubesse o total. Mas ele me mandou colocar o valor completo. Não, isso seria injusto; seria querer tirar vantagem. Vou colocar só a metade do valor." E foi o que ele fez.

Quando o estranho retornou, assinou o cheque sem hesitar. Obviamente estava falando sério. O benfeitor da igreja era um bem-conhecido filantropo. Quando o pastor entendeu que o homem era plenamente capaz de cobrir a dívida, desejou ter escrito o valor total que a igreja devia.

Ver o Invisível
Que é a fé? É a convicção segura de que alguma coisa que nós queremos vai acontecer. É a certeza de que o que nós esperamos está nos aguardando, ainda que o não possamos ver adiante de nós. Heb. 11:1 (A Bíblia Viva).

Antes mesmo que houvesse telescópios suficientemente poderosos para verem o planeta Plutão, Percival Lowell, astrônomo americano, cria na existência desse planeta em nosso sistema solar. Ele chegou a essa conclusão mais de 15 anos antes de o planeta ter sido descoberto por Clyde W. Tombaugh, no dia 18 de fevereiro de 1930.

A crença de Lowell não foi nenhuma adivinhação ou palpite 0casual.
Ele chegou a essa conclusão através de observações sistemáticas e cálculos cuidadosos das órbitas de Netuno e Urano. As perturbações que ele observou nessas órbitas o convenceram de que devia haver um planeta além de Netuno. Tão confiante estava Lowell na existência dele, que deu às primeiras duas letras do nome do planeta a ser descoberto ainda as iniciais de seu próprio nome - p e l. Predisse também que o planeta seria encontrado perto da estrela Delta da constelação de Gêmeos. A crença de Lowell foi confirmada após sua morte, quando Tombaugh fotografou e estudou a região sideral de Gêmeos e descobriu o planeta previsto.

A fé na realidade do Céu, assim como a crença de Lowell na existência de Plutão, não é um palpite casual. Repousa sempre na "certeza" subjacente da evidência. Hypostasis, a palavra grega traduzida como "certeza" em nosso texto, é usada nos papiros antigos para significar um documento legal através do qual uma pessoa provava ser proprietária de um bem. Em outras palavras, um título de propriedade.

Exercendo fé, você e eu podemos já considerar-nos na posse das maravilhosas coisas que Deus tem prometido. Isso nos capacita não só a reivindicar bênçãos prometidas para o futuro, mas a recebê-las e desfrutá-las agora. Dessa maneira, aquilo que os olhos naturais não podem perceber (I Cor. 2:14), é visível aos olhos da fé.